No fim da noite da terça-feira, 27, um policial militar, durante o exercício de seu trabalho, na rua Granjeiro, bairro Caranã, foi vítima de desacato no momento em que a guarnição da PM fazia abordagem a alguns suspeitos.
Os policiais explicaram que, enquanto faziam a revista, o jovem de 20 anos se aproximou, em atitude suspeita, por isso recebeu ordem para também colocar as mãos sobre a cabeça, para também ser revistado, mas não obedeceu à equipe, afirmando que estava em frente à sua casa. Assim que os policiais se aproximaram, o indivíduo passou a bater no portão, pedindo que abrissem, e se dirigiu a um dos policiais que é cabo da PM como “negro safado”, em tom de deboche.
Imediatamente o suspeito recebeu voz de prisão por desacato e por racismo. Alguém abriu o portão e o elemento entrou no imóvel xingando os policiais e afirmando que não seria preso. Para dar uma resposta, os policiais entraram no quintal da casa e trouxeram o jovem novamente para fora. Revoltado, o suspeito desafiou outro policial, chamando-o para brigar, pedindo que tirasse a farda para levar uma “surra”.
Pelo fato de estar muito exaltado, o jovem foi algemado para que a integridade física de todos os envolvidos na ocorrência fosse mantida. Mas diante da conduta do suspeito, a guarnição conduziu o elemento até a Central de Flagrantes do 5° DP.
“Durante a abordagem nós encontramos uma quantidade inexpressiva de maconha com um dos indivíduos usuários. Estávamos para liberar o pessoal e o conduzido apareceu filmando com o celular. Perguntei por que estava filmando e ele disse que continuaria filmando porque o cidadão tem direito de filmar. Eu disse que queria ver o que ele estava filmando porque não queria minha imagem espalhada em grupo de whatsapp, aí começou a me xingar e chamar que negão, perguntando o que eu pensava que era. Eu falei que era polícia e que iria revistá-lo, mas ele se armou para brigar, xingando o tempo todo, entrou na casa e como estava em flagrante delito, entramos junto, fizemos sua prisão e trouxemos para a Delegacia, para responder pelo seu delito”, explicou a vítima.
O delegado do Plantão Central da Polícia Civil considerou a gravidade do crime praticado e, diante da representação criminal do militar, lavrou o Auto de Prisão em Flagrante por desacato e injúria, crimes previstos nos artigos 140 e 331 do Código Penal Brasileiro (CPB), de modo que o jovem permaneceu detido numa das celas do DP até a manhã de ontem, 28, quando foi encaminhado para audiência de custódia com a Justiça. (J.B)